segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sometimes I hate the life I made/Everything's wrong everytime. (KoRn)

Às vezes acho que sou uma falha imensa. Não conseguir fazer coisas que eu almejo pro meu dia a dia já me faz pensar que o resto do mês dará errado. Posso dizer que nesses últimos anos estou tendo os polos de como a vida pode ser boa e ruim de um dia para o outro.  - No começo do ano já tive uma grande decepção que fez com que mudasse todos os meus planos -, até aí tudo bem, parecia que tudo daria certo, mas não, nada mais dará certo! As mudanças de planos não são ruins desde que sejam concisas e arquem com todas as consequências da atual escolha. Ficar mudando de opinião para não arcar com os problemas que a seguem é a maior fraqueza do ser humano acomodado por natureza.
Agora tudo que acontece é assim: uma coisa ruim mas que poderia ser resolvida com um pouco de trabalho já parece difícil demais e praticamente impossível... Tudo isso porque uma única pessoa (que nunca foi só uma pessoa pra mim) não está mais aqui!
Parece que tudo está dando errado desde então, a família inteira perdeu o controle e não entende mais os limites da vida. Digo sem nenhuma dúvida que estou presa em um manicômio dentro da minha própria casa, que agora realmente é só uma casa, há mais de um ano isso aqui não é um lar pra nenhum de nós. As pessoas que dizemos ser “família”, que deveriam ser ‘por nós’ e nos ajudar tem sido as que mais prejudicam. Vivo em um mundo de picuinhas e mudanças bruscas de opinião, onde um só está bem com o outro se está falando mal desse primeiro. INFERNO!
E ainda tem a questão de tudo ser por minha culpa, tudo ser definitivamente por culpa do nascimento e formação da atual Giulia. As pessoas não me tratam mais como tratavam, eu não sou mais suficientemente capaz de amar essas pessoas como amava anos atrás. Tudo agora se resume em estudar e me esforçar todos os dias para passar em uma boa universidade e sumir de vez desse lugar, seguir minha vida, ter de resolver os meus problemas e de uma vez por todas, ser feliz!
Se eu não entrar no meu quarto e colocar música na maior altura em meus ouvidos por alguns instantes durante o dia, tenho certeza que meus pensamentos me matam! Tinha muito tempo que não me sentia tão ruim assim, eu cheguei a acreditar que as coisas dariam certo pra mim e que as pessoas ouviriam tudo o que tenho para dizer, que aceitariam minha opinião e que até a solicitariam, mas tenho nojo de viver aqui e de dar tanto trabalho e ser tão dependente de tais pessoas, tenho vergonha de mim mesma em todos os aspectos e não queria estar escrevendo/pensando nada disso.
Os limites das pessoas deveriam sempre ser respeitados e eu me pergunto se consigo fazer isso. Será que eu sou tão má companhia assim? Será que tenho que mudar tudo que acredito e desacredito, começar do zero e ver no que errei pra ter tanta gente sem noção perto de mim? Juro que penso estar no lugar errado, na hora errada todo o tempo!
A questão aqui não é ser culpa de um ou de outro, e sim da minha incapacidade de decifrar o que está acontecendo dentro da minha cabeça e dentro da cabeça das pessoas que me cercam.
Enfim, espero que nada disso jamais me faça desistir dos propósitos que já tracei para uma vida toda, que não volte atrás com minhas ideologias e muito menos reivindique meus gostos e manias! Essa pessoa insuportável, sem lugar, engraçada e demasiadamente tonta por tentar passar pra frente o que aprende sou eu e tenho a certeza de que lutarei para continuar sendo até o fim de minha vida!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Não caibo dentro de mim.

Como qualquer pessoa, eu também tenho um sonho. E esse sonho, desde pequena foi estar mais perto da natureza do que que das pessoas, acho que porque, desde pequena também, aprendi que não vale a pena estar perto da maioria dos seres humanos. Depois, com meu amadurecimento, percebi que o ideal pra mim era fazer Ciências Biológicas, estar perto do répteis de preferência, que são os animais mais fascinantes da Terra, pra poder estuda-los e não teme-los como a maioria. Sempre foi uma matéria que me dei bem, que me dá prazer de estudar e explorar...
Mas agora estou aqui completamente triste comigo mesma, estou muito triste por saber que meus sonhos são maiores que eu, maiores que minha capacidade e principalmente muito maiores do que as pessoas pensam de mim. Queria me contentar com qualquer curso mais simples e popular, fazer uma faculdade particular mesmo já que tem algumas pessoas que gostariam de me ajudar principalmente financeiramente, ir pra qualquer lugar, morar com qualquer pessoa só pra ter um diploma mesmo e depois ir trabalhar num emprego que algum parente me arrumasse ou que fosse mais fácil. Mas não, eu sou a pessoa mais burra e iludida do Planeta: Eu amo estudar!!! Queria tanto ter uma cadeira me esperando dentro de uma Universidade Federal, ninguém imagina... Queria trabalhar pra me manter em algum lugar, poder manter um cursinho, manter um relacionamento com a pessoa que eu amo, que pode não ser a pessoa que todos esperavam que eu amasse, que todos acham uma coisa de adolescente... Quem sabe não é? Eu sei.
Por que todos tem medo do mundo “lá fora”? O que tem de tão ruim em trabalhar e manter os sonhos acordados dentro de nós? Por que as pessoas tem que tentar proteger umas às outras sem deixa-las quebrar a cara na primeira escolha errada? Não estou sendo mal agradecida, só estou tentando fugir de mim, porque a cada decepção meu sonho morre um pouquinho mais e todo mundo desacredita de mim, colocam tudo na mão de um deus que eu nem nunca vi e me jogam pra escanteio como se não fosse capaz!!!!!!!! Eu não sou sobrenatural, sou de carne e osso e tenho muito mais chance de fazer alguma coisa por alguém, principalmente praqueles que não sabem falar e que são despejados, maltratados, oferecidos em jantares e almoços e humilhados todos os dias... Eu poderia fazer muito mais pelos animais de todas as espécies...
Lamentarei o resto da vida por uma coisa: Meu avô. Ele me deixou aqui nesse mundo horrível, no qual eu posso fazer a diferença e posso melhorar, sem estrutura nenhuma, me ensinou tudo mas não deu tempo de conferir se eu estou colocando em prática direito. E pelo jeito não estou.
“A gente não ajuda quem não quer ser ajudado”, usam essa frase como desculpa pra não dar uma esmola pra um mendigo na rua, mas fazem de tudo pra colocar coisas que não queremos em nossas cabeças. Eu quero ser ajudada, mas nos meus planos, não quero dar prejuízo pra ninguém, mas não tem como eu prever a porra do futuro pra saber se isso vai acontecer. E aí?? Agora estou aqui, numa cidade que eu odeio e sempre vou odiar, com pessoas que me fazer querer ser uma sociopata, um monopólio de comércio ridículo, com o ensino médio completo, alta concorrência no SISU, e completamente perdida.
Não me amarrem aqui, por favor, me deixem ser adulta por mais que o dinheiro que me mantenha não seja o meu, por mais que dependa de outras pessoas, se continuar assim nunca vou ter o meu né.
Desculpem-me pela impaciência, eu realmente estou me sentindo sozinha e desesperada. Eu realmente queria ser acomodada como 99,9% de toda a minha família, mas eu não consigo, para obter mudanças quanto a isso, me matem.