quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Perdendo os poderes

É ruim saber que nem sempre nós seremos tudo que as pessoas precisam. Esse é um sentimento que não sai dos meus pensamentos há tempos. Desde quando nasci, fui criada em meio a pessoas muito amorosas e que cuidaram e cuidam muito bem de mim, mas junto a isso, tiveram as mentiras, falsidades, histórias, brigas, perdas.. E então eu, como a esponja que sempre fui absorvi tudo o que aconteceu e hoje não é diferente.
Aprendi a ser quem eu sou com muita personalidade, não mudo meu jeito por nada nem ninguém e esse pode ser também meu pior defeito. O que eu quero dizer é simples, aliás, só quero um lugar pra dizer, mesmo que palavras vazias e sem conexão.                
Gosto de amar as pessoas, realmente me sinto bem por fazer algumas pessoas felizes, mas ao mesmo tempo eu sinto como se não tivesse confiança em ninguém, como se quisesse que todos precisassem só de mim. Ciúme e insegurança. Eu as odeio tanto! Pois bem, estou passando por um momento delicado, não só eu como todos na minha casa, meus medos bobos agora, não me assustam mais; chego até a dormir com as cortinas abertas sem medo do que possa estar no escuro. Nunca há nada no escuro. E isso me desconforta. Desconforta porque por vezes e vezes eu desejo o meu mal e desejo que ninguém nunca tivesse me conhecido, ou então que possam me esquecer, pelo simples fato de ter medo de decepcionar as pessoas ou então de que elas me decepcionem. Eu odeio decepções.
Há uns anos que me sinto assim, diria que bem uns 6 anos, quando todos pensaram que era só uma fase boba, de tristeza momentânea que obviamente passaria. É, as pessoas estavam erradas, eu acho. Nesses anos que se passaram, carreguei comigo uma angústia no peito que sempre me leva pros pensamentos que tinha aos 11 anos, pensamentos infantis talvez, mas que ainda fazer muito sentido. Já ouvi algo do tipo "se você não sente, não pode odiar" e me firmo nisso, muito mesmo. Penso que se afastasse todo mundo de mim seria mais fácil, porque assim eu não me machucaria, as pessoas não se machucariam e o melhor, eu não precisaria me despedir de ninguém. Mas infelizmente ou felizmente, eu preciso das pessoas que estão perto de mim, mesmo sentindo todos os dias que elas estão me traindo, que não querem (tanto quanto eu) estarem junto comigo, mesmo sabendo que não sou única em nada.
Direi então uma coisa: esse é um péssimo momento, de um ano que terão poucas boas recordações. Eu poderia aqui, fazer agradecimentos àquelas pessoas que fizeram valer a pena, mas é tão difícil, porque meu TOC, meu transtorno de solidão, não me deixa acreditar sequer, que elas lerão esse texto.
Quero falar de coisas ruins, quero passar a noite inteira chorando no meu quarto, no meu canto e imaginando milhões de coisas que podem sim estar acontecendo longe dos meus olhos, aproveitar também pra pensar no futuro muito próximo, como a noite de natal, da qual não tenho ideia de como será, pois não comemoro isso. Direi mais, estou em um péssimo momento, tudo que eu quero agora é o silêncio e o "estar sozinha", não quero prejudicar mais ninguém.
Queria ter pensamentos bons, eu juro que tentei, não me culpem, mas é difícil porque tanta coisa ruim acontece todos os dias... Me desculpem, sinceramente.
Usarei essa folha pra dizer tudo o que está me incomodando e que quero falar, mas por algum motivo não consigo dizer com a minha voz e sim com os meus sentimentos.
Começarei falando do começo.
1 - Retrospectiva de fatos e suas repercussões em minha cabeça: O ano começou mal, em janeiro, logo nos primeiros dias do mês (tenho como referência a semana seguinte do incêndio na boate Kiss) meu amado gato, que há mais de um ano estava comigo, desapareceu, depois de vir em casa e se despedir, gravemente machucado de todos nós. O Joey. Eu o amava tanto, ele sabia tanto das minhas dores no peito, sabia das minhas vontades mais escondidas, dos meus amores inventados, dos meus choros nas madrugadas frias, mas infelizmente, seu tempo comigo foi mínimo, e depois dessa tal semana, ele nunca mais apareceu.
2 - Em fevereiro, esse mês ficará marcado pra sempre na minha vida, bom, comecei um namoro que hoje já dura 10 meses e não tem tendência nenhuma de acabar. Conheci esse cara maravilhoso que pra minha poesia é o ponto final, como eu mesma o chamo, é o meu "amor lindo", que só me traz alegria e tranquilidade.. Me ajuda sempre que preciso e esteve presente nos momentos mais dolorosos que passei esse ano, mas confesso que tudo que me atrapalha, como disse nas primeiras linhas, é o ciúme e junto com esse, a insegurança de que sempre haverá alguém mais adequado do que eu, mas esforço-me o bastante e acredito em todas as suas palavras e expressões, então, acabo me acalmando, mas não o bastante pra não escrever um texto tão inútil e grande como este. Vou confessar, eu sou uma pessoa doente. Eu sei das coisas, posso saber que o seu celular está ligado, que eu sempre posso ligar e que o meu também está ligado e que ele liga, mas mesmo assim, mesmo com minha certeza mais profunda eu tenho medo de ligar e ele não atender. Eu sou burra, eu tenho medo, as vezes, quase sempre, eu não mereço ninguém.
3 - Depois disso, vem o momento que talvez seja o que acarretou todo o resto de tristeza que me pesa quase todos os dias. Em maio eu perdi minha melhor amiga, minha companheira de verdade, minha cachorrinha, a Hanna. Ela era a cadela mais linda do mundo inteiro, conversava com os olhos e com os latidos personalizados que fazia. Ah, minha linda, se eu pudesse voltar no tempo sabendo disso tudo, eu te protegeria da morte, te protegeria de pegar esse vírus idiota e te proibiria de sair de perto de mim, minha flor. Sabe, se eu ao menos acreditasse que você pode me ouvir, se eu tivesse a certeza de que você olha pra mim, eu te pediria desculpas e diria que morro de vergonha por não ter conseguido te salvar, de não ter forças o suficiente pra fazer com que você aguentasse e estivesse aqui até hoje. Minha grandona.
4 - Agora, o que está acontecendo. Meu mestre, pai, criador, senhor, amigo.. meu avô. Que sempre foi a melhor pessoa do mundo todo, que se não fosse sua bondade juntamente com minha avó, eu provavelmente não estaria aqui escrevendo esse monte de bobagem. Primeiro, eu tenho que agradecer, agora sim, aliás, tinha que dar minha vida e muito mais pra poder dizer o quanto eu amo meus avós. E agora ver o vô encima de uma cama, mal conseguindo levantar de novo e caindo no banheiro, tendo que pedir ajuda e se diminuir pros outros como ele mesmo diz, tendo melhoras e pioras quase ao mesmo tempo e fazendo com que todos nós pensemos no pior e no melhor e fiquemos com dúvidas e arrepios. Fazendo coisas desnecessárias, nos estressando e ao mesmo tempo fazendo que eu queira dar tudo que ele pede, fazer tudo que ele quer e ouvir todos os seus desaforos, porque eu tenho a certeza que ouvir isso tudo é melhor do que não poder ouvir mais a sua voz.
5 - Depois, um susto, agora do meu pai que arrumou uma doença rara e ficou muito debilitado. Mas o mesmo já está bem melhor, graças ao empenho no tratamento e força de vontade. Sabe, eu sempre fui meio distante do meu pai, bem, quando os pais se separam e um deles fica mais longe, as vezes o convívio é mais difícil até mesmo por causa da distância e tudo mais, mas eu posso dizer aqui, com sinceridade que eu sofri demais quando tive uma chance de o perder. E ainda hoje, fico preocupada demais e me sinto mal quando penso nisso, mas sei que tudo ficará bem com ele e que um dia eu poderei dizer mais do que está nesse texto pra ele, e mostrar que apesar dos pesares eu o amo demais também e faço qualquer coisa para o ver bem.
É, esses são os fatos que marcaram o meu 2013 e que com certeza não sairão de mim tão cedo, mas eu tento pensar positivo e continuar andando pra frente, pra que ninguém perceba que eu olho demais pra trás, que eu talvez precise de tudo o que está guardado.
A verdade é que eu não consigo lidar com incertezas e é o que mais tem na vida, afinal, a gente nunca sabe o que pode acontecer  daqui 1 segundo.
Tenho medo de ficar sozinha, as vezes.. Essa seria uma boa carta de despedida.
Quem sabe eu esteja me despedindo desse ano de 2013 que daqui uns dias deixará de existir pra sempre, e com ele, que por favor, vá toda a minha insegurança e falta de senso.
Agora, eu continuo aqui, chorando como uma criança da qual foi tirado um doce, a força. Nessa noite de incertezas..
Obrigada!


Giulia Marla de Lima Costa
19/12/13
23:24h
Editado - 23/12/2013
13:05h

sábado, 23 de novembro de 2013

Outras perguntam: "por que não?"

"Até porque não acredito no que é dito, no que é visto...". Se tem uma coisa que me incomoda é a falta de confiança. Em seguida, a falta de satisfação. Criei um defeito vicioso horrível que agora só me faz sofrer na maioria das circunstâncias; não sei nem se posso chamar de ciúme.
Um desejo de possessão que sinto por alguns, incumbido de me encher de paranoias e maus pensamentos. Que merda!
 Tudo hoje parece distante daquilo que posso tocar, que posso cheirar ou até mesmo enxergar. As coisas só apertam e ficam mais difíceis enquanto os dias passam rapidamente lentos. Não sei o que pode estar acontecendo ou se realmente há algo acontecendo, mas os sentimentos parecem sempre os mesmos, sempre tentando me afogar, sejam eles bons ou ruins, os tomo em doses cavalares. Agora, me pergunto cegamente o porquê de tudo isso. O fazer-se necessário, o ter que autoafirmar-se, achei que nunca precisaria disso!
As vezes penso que poderia estampar um sorriso na cara todos os dias e só demonstrar para as pessoas aquilo que as deixa bem, mas é bem mais difícil do que parece. Já pensei e fiz muitas vezes esse tipo de coisa. Mas a sensação é de sempre estar escondendo alguma coisa das pessoas que deveriam saber, não é nada legal, mas diria que necessário.
Se pudesse me expressar toda vez que sinto raiva, dor, medo, ciúme.. Se tivesse a porra da coragem de dizer tudo aquilo que me incomoda imensamente, que me machuca e sempre cicatriza com o tempo, eu não precisaria escrever palavras estúpidas num lugar inapropriado para que pareçam indiretas àqueles que deveriam saber e decifrar cada palavra desse murmúrio. Se todos soubessem o que eu ao menos penso, se soubessem que eu sei das coisas, que eu me finjo de idiota e depois vejo as mesmas escapando das bocas, dos olhares e das eternas "caras-de-pau" que me rodeiam. O que será que aconteceu com todo mundo?? O que foi daqueles que sempre provaram seus amores, e afirmaram seus sentimentos??
Tenho medo de palavras bonitas. Sinto dúvida no que sentir.
Todos os dias, banhada em indecisões e dúvidas, em certezas e medos que me condenam a nunca confiar, a sequer acreditar naquilo e naqueles que estão estampados na minha cara, que não sabem dizer a verdade nem tampouco mentir. O que será que acontece? Quando?  Eu quero meu eu de volta, quero sentir o que estou sentindo e não mostrar o deveria estar. No lugar. "O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia". Não praqueles (sic) que falam, não praqueles que mentem. Eu diria, eu afirmo, sinto cheiro de gente que não presta, sei de onde vêm todas as minhas dúvidas... Eu sei que posso saber muito mais, mas prefiro deixar como está.
Prefiro, eu, ficar quieta no meu canto lamentando coisas bobas que ninguém jamais entenderá. E àqueles que participam da história: Que se fodam.




Giulia de Lima Costa
24/11/2013
00:35

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Lições (conto estúpido)

As lições são feitas, ou não, bem feitas, ou não, aprendidas, ou não, passadas, ou não. Mas de qualquer forma são lições. Não sei muito bem o que quero expressar, as vezes. Sinto que devo dizer tudo aquilo que condiz com o que realmente estou sentindo, mas ao mesmo tempo, isso não corresponde com o que eu quero que as pessoas saibam. Pois bem, tentarei conciliar os fatos através de metáforas pobres em um conto, como dito no título, estúpido.
Comecemos assim: Digamos que haja dois Sóis  em certo planetinha. Esses sóis são tudo para tal Planeta, sem eles não há como se alimentar, não há como manter nenhum tipo de vida. De repente, um desses Sóis(M) se distancia, e, as vezes, sua luz se enfraquece muito, quase sumindo.. Mas não deixa de estar ali. Nesses momentos, nos momentos em que um Sol se distancia, é que o outro(G) faz maior diferença (como imaginado). G teve a oportunidade de criar toda a vida daquele planeta, de molda-lo à sua escolha, de sustenta-lo de todas as formas, de ama-lo, protege-lo, fortalece-lo. E o fez. Muitíssimo bem.
O Planeta, feliz por ser, até então, o único com dois Sóis, foi se acostumando a isso. Se acostumando com a distância de um Sol, que de vez em quando aparecia, de vez em quando, não. E com a presença total do outro Sol, que sempre esteve ali pra tudo que precisasse.
Com o passar do tempo, as coisas foram bem, foram mau, foram mansas e estressadas, vivas e mortas, antônimos e sinônimos.. Como qualquer vida em qualquer planeta, não é mesmo?? Só que o Planetinha, com toda essa proteção, com tantos Sóis, com tanta luz, com tanto tudo, cobriu-se e esqueceu-se, por pouco, da vida lá fora, da vida sem Sol M e sem Sol G, vida escura e fria.
Planetinha, a vida não precisa ser assim. Lhe explicarei:
|A história não termina aqui, e creio eu que está longe do fim, mas a parte que cabe e interessa estará presente nesse conto mal feito|.
Voltando para a explicação, o que quero dizer é que o Planeta chegou em uma parte da vida em que tem que produzir sua própria luz, alimento, proteção... Mas não sozinho (isso fica mais pro fim). Os Sóis diminuíram a emissão de luz, mas ainda estão bem presentes. G, que sempre esteve presente, chegou em uma parte da vida em que o que mais precisa é que emitam luz pra ele, que cuidem dele e mostrem o quanto ele foi importante pra existência de toda vida que se formou dentro do Planeta. E o o outro Sol, M, nem tão presente assim em forma, em luz, mas sim em 'espírito', isso é, o tempo todo o Planeta soube que M esteve ali, e que foi ele que te deu a vida. Sem M, não existiria mais nada.
Vejam bem a situação do Planeta. Agora ele tem dois sóis pra cuidar, pra mostrar o quanto eles colaboraram pro mesmo ser tudo que é hoje, se é que é alguma coisa.
Bom, os Sóis continuam ali, fraquinhos, em recuperação, com dias promissores e esperançosos por parte de todo o bioma do Planeta e ao mesmo tempo, querendo arranjar forças pra acreditarem nisso. Os anos se passaram, o Planeta foi crescendo, achou uma estrela que combinou perfeitamente com ele, agora não vive mais sem esse Astro, O J.
Sabe, J, as vezes acho que o Planetinha não seria nada sem você, sua luz é o que mais ajuda esse Planeta nesse momento, você está segurando as pontas no momento mais difícil da vida de quem se ama.
A história não é triste e nunca será, esses Sóis sempre estarão na lembrança de tal Planeta, quase inútil, ele prometeu que sempre lembrará da importância, cuidado, carinho e auxílio dos Sóis... Agora, tudo que o Planeta quer é continuar sua vida, fazendo tudo que pode pra iluminar seus Sóis, tirando um pouco do brilho que sua Estrela emite e espalhando-o por aí, pra que as pessoas saibam que ele não se enfraquece tão fácil assim.
Agora, a única coisa que posso dizer é que o Planeta está se sentindo um chato, não sabe nem mais o que quer da vida, dos outros bilhões de anos que ainda tem pra evoluir, como disse anteriormente, nem tudo será sombrio e gélido, pois se há uma coisa que nunca perde a força, essa, é o amor.



Giulia Marla de Lima Costa
13/11/13
00:44


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Quando não nos conhecemos mais.

Queria saber o que se passa na cabeça de todas as pessoas. Eu, aqui de perto, dentro de casa, sei exatamente de tudo que está acontecendo e posso afirmar: Não precisamos de mais gente, nem de mais palpites e muito menos de falatório na cabeça alheia.
A vida nos prega boas peças e com elas nós temos que aprender e passar o conhecimento pra frente. Acham que eu imaginaria que um dia meu avô estaria em cima de uma cama precisando de ajuda para beber um copo d’água? Tenho outra afirmativa a fazer, essa, mais longa: Meus avós são casados há quase 60 anos, um casamento turbulento, que começou cedo e muitas vezes quase acabou. Deu vida aos meus três tios e minha mãe, que são pessoas muito importantes pra mim, mas que muitas vezes, não sabem o que estão fazendo.
Não digo que estou certa em tudo, de certo, não estou. Mas vou contar-lhes, porque preciso jogar isso tudo pra longe de mim. Estamos vivendo um momento muito difícil,  em que meu avô está acamado e não respeita absolutamente ninguém, não consegue se levantar sozinho e levanta o tom de voz para humilhar qualquer um que não o dê regalias. Agora eu pergunto, uma pessoa que trabalhou a vida toda, que sustentou e criou todos nós da família e que sem ele não seriamos o que somos hoje não merece o mínimo de regalia? Resposta: Merece. Mas convenhamos que não é fácil lidar com uma pessoa que te humilha o tempo todo, com outros falando uma montoeira de merda em sua cabeça e querendo agitar as coisas e mudando os nossos rumos. Esse é o fato que minha avó está vivendo. Faz tudo, tudo para meu avô, desde dar água em sua boca até dar banho. E o que ela ganha em troca? Um monte de gente que não está aqui dentro de casa, suplicando a paciência que não teriam se estivessem em seu lugar. Olha, eu reconheço que Caratinga não é o lugar com mais recursos médicos do país, mas aqui é a casa do meu avô, aqui é onde vivemos, onde NÓS vivemos. A vida já está difícil demais, estamos suportando uma barra que está refletindo em todo mundo, cada um carregando em si a insônia de cada noite. Então, eu digo: Não deixaremos de cuidar dele, não deixaremos de dar notícias para todos, a casa está aberta para visitas passageiras, nós estamos aceitando palavras de consolo, colos amigos e até dinheiro.
O vô foi ao médico ontem, e sabem de uma coisa, ele tem uma doença que não tem cura, o nome é mielodisplasia (http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/371194/conheca+a+mielodisplasia+suas+causas+sintomas+diagnostico+tratamento+e+evolucao.htm). Ele está bem, só que ainda se sente fraco e enjoa muito fácil pelo fato de ficar muito deitado e sem comer direito. Não é falta de pergunta, acreditem, minha avó e minha mãe, por mais que ele diga o contrário, sempre perguntam se ele quer levantar se quer comer, de ser fazer qualquer coisa e ele quase nunca quer e quando quer, não pede, manda. Isso é difícil. Ele é medicado aqui e muito bem cuidado, recebe as bolsas de sangue que vêm de Governador Valadares e as vezes demoram um pouco, como hoje. Mais cedo, eles foram ao PAM receber a bolsa, mas ainda não está lá, então acontecerá amanhã. Mas isso não causa nenhuma interferência no tratamento. O Dr. Roberto Carlos é um bom hematologista e está cuidando do vô como se fosse um parente. As coisas estão se encaixando e aos poucos sei que todos criaremos resistência para seguirmos em frente. Agora ele continua com os remédios e está tomando Dramin para esses enjoos. Fica deitado, ouve música no radinho, conversa com as pessoas quando ligam ou vêm aqui... E todos sabemos o final dessa história. Eu reconheço que meu avô é tudo em minha vida e que dói demais o ver assim, mas àqueles que acreditam em um bem maior depois disso tudo, devem imaginar, assim como minha avó diz, que um Deus não castiga, ele só dá exemplo, só ensina. E para nós outros, que não nos damos à isso, sabemos que o corpo é um organismo sujeito a mudanças e falhas. Pois bem, todos nós acreditamos em uma coisa pelo menos: No amor que sentimos por ele.
Agora, aos amigos e familiares, o meu muito obrigada pela consideração, obrigada por nos lembrarem que jamais estaremos sozinhos, vocês estão fazendo demais já. E como minha mãe sempre me disse, “muito ajuda aquele que pouco atrapalha.” Então, deixe como está, faremos sempre o possível, não suportaríamos perder aquele que mais amamos, não perderemos as forças enquanto tivermos oportunidades em nossa frente. Cabe aqui, o meu apelo a todos aqueles que não estão aqui e querem estar, eu entendo, talvez eu não quisesse estar aqui agora, talvez eu quisesse receber notícias por um telefonema, mas nós encaminhamos a vida de um jeito diferente e agora não precisamos largar tudo e voltar atrás, não é nenhum filme da Sessão da Tarde onde tudo vai acabar lindamente. Porque todos sabemos que a vida não é assim. Obrigada pela preocupação, pela ajuda, e pelo carinho e me desculpem por ter que falar o que estou sentindo, mesmo que ninguém leia. Agora, se quiserem notícias, podem ligar ou até mesmo aparecer aqui, como disse, todos têm esse direito, mas se quiserem dar palpites que não cabem, falar do que não sabem, desculpe, mas estamos dispensando.

Eu amo todos vocês. E sei que todos nós amamos o meu avô, pai, tio, irmão, amigo, Gilson.

Cuidamos e cuidaremos dele, sempre. Mas quero lembrar que pra qualquer tipo de relação, deve haver o respeito e o espaço de cada um, caso contrário, não há boa relação.

Obrigada.

domingo, 18 de agosto de 2013

Faça o que eu falo, mas eu mesma nem lembro o que disse.

Eu acho que cheguei a rir das pessoas que sofriam por causa de um relacionamento, por causa da falta que sentiam de alguém, mas eu não sabia ainda o tamanho da dor de quando você chega a pensar que machucou alguém que você ama, que pode perder aquela pessoa por uma coisa idiota que fez e isso toma conta de tudo que está a sua volta, te cega, te ensurdece, te faz parar de pensar racionalmente e te corrói como um ácido. Acho que agora deveria rir da minha cara de trouxa.
Não sei esperar, nunca soube. Mando uma mensagem pedindo pra alguém me ligar quando puder e ligo em seguida. Não há como entender. Eu ajo de maneira grosseira e estúpida e depois passo a noite morrendo de desespero pensando em tudo que poderia acontecer se as pessoas fosse tão idiotas e agissem por impulso como eu.
Fui diagnosticada com uma outra "doencinha", da qual já estou tratando também, a tal da depressão nervosa, que biologicamente nada mais é do que alterações nos níveis de neurotransmissores que relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes. Isso provoca uma série de confusões que fazem com que eu não consiga absorver direito tudo o que me oconteece. Muitos pensam que depressão é quando se está triste por causa de alguma coisa, e sim, maioria das vezes, senão em todas, um fator maior é responsável por desencadear as reações químicas dentro da gente que causam a tal "depressão". O negócio é que não é culpa de ninguém, não é nada que possam ter feito de errado, é só um jeito de descarregar tudo que aconteceu comigo esse ano e me afetou profundamente. Agora, uma coisa que descobri, muito interessante por sinal: O amor, como o chamamos também é uma série de reações químicas dentro de nós e no entanto pode ajudar muito na depressão tanto de fora pra dentro quanto de dentro pra fora. Explicarei: O amor, o fato de estar amando alguém ou ocupando sua cabeça com isso faz com que tenha vontade de fazer coisas, qualquer tipo de coisa, e isso, essa vontade, aumenta sua adrenalina, equilibrando consequentemente o fluxo de noradrenalina no corpo. Logo, estava péssima ontem e hoje de manhã, todas as pessoas com as quais eu tentei falar estavam com os celulares desligados e fora da internet. Conclusão: Quase fiz uma tremenda besteira. Quando recebi um telefonema, mesmo que indiferente, mesmo que com a voz meio chateada, garanto que pelos acontecimentos de ontem, tudo mudou. Não estava com vontade de comer, agora já almocei, não queria falar com ninguém e já abri a porta e chamei minha mãe pra cá. Sabe, as vezes só saber que a outra pessoa está bem nos ajuda a viver. Só receber uma ligação ou uma confirmação de entrega de mensagem já faz com que eu não queira mais desistir de nada. Só tenho que aprender que nem por isso posso machucar as pessoas e que nem sempre elas me desculparão, com razão ainda, o que é pior.
Sei que não é assim: faço coisa errada e depois escrevo um texto que fica tudo bem. Eu só escrevo o que preciso encaixar em minha cabeça, pra ver se pelo menos por fixação eu consigo fazer algo direito. Cansei de decepcionar as pessoas, cansei de tentar parecer que sou forte demais, mas acho que cansei na hora errada.
Só quero dizer, me desculpem pelos erros que cometo e pelas vezes que eu não sou justa com qualquer um que conheça. Estou me sentindo realmente mal pelas coisas que fiz e me arrependo, muito. Sabe, ontem eu poderia ter sido muito melhor do que fui, poderia ter aproveitado melhor o tempo, mas não.
Eu sou burra.


Giulia Marla de Lima Costa
18/08/2013
13:12

sábado, 17 de agosto de 2013

Noite escura.

O meu problema não é com a noite, com a escuridão, com os fantasmas inexistentes. O meu problema é ficar sozinha... Sinto que atribuí tudo o que sinto à noite, mas percebi que isso só aconteceu porque eu passo as noites sozinha, só comigo. Eu não sei mais pedir carinho, acho que ninguém deveria saber, mas as vezes, me machuco por coisa boba, por uma palavra esquecida,por um fim de semana vazio, uma promessa quebrada. Me firmo demais nas pessoas e elas quase nunca estão fixas no chão. Aí eu caio. Caio por acreditar, por querer, por fazer, por tentar, por chorar e por continuar... Continuar com tudo que me faz arrepender de estar aqui, tudo que eu não fiz, que poderia ter feito melhor, que poderiam ter feito por mim. Estou sempre aqui, sempre esperando, sempre chorando e procurando entender: Onde foi que eu deixei meu sorriso, por que espero acontecer?? Venho aqui pra despejar palavras que podem deixar as pessoas se sentindo mal, pra soltar de tudo um pouco que me mata por dentro todos os dias. Só quero dizer, quer dizer, que eu não gosto de palavras vazias que não se tornam ação. Que eu detesto promessas quebradas que partem o meu coração. Agora saio sem saber o que continuar a dizer, pois as lágrimas que tomam conta do meu rosto, só me fazem pensar em você! Giulia Lima 17/08/2013 13:53

domingo, 21 de julho de 2013

Aprendendo, tarde, mas aprendendo.

E agora ela aprendeu a andar com suas próprias pernas, entende? Ela sabe que em sua cabeça, de acordo com a construção social em que vive, carrega milhões de dores, angústias, saudades, vontades que não precisam ser compartilhadas com todo mundo o tempo todo, porque são dela, só ela sente aquilo daquela maneira.
Ela gosta de escrever de um modo abstrato, sem dar nome aos bois, como dizem, mas mesmo assim, mesmo que ninguém entenda, continua compartilhando o que sente, porque isso é sentir. Sentia-se muito angustiada dentro de seu próprio quarto, esperando das pessoas o que ela faria em tal situação, bobinha! Descobriu também que pode ser feliz mesmo estando sozinha por algumas horas, pois o verdadeiro amor, aquele que te ama de verdade, sempre volta, nem que seja só pra avisar que sairá de novo.
Ela ainda espera impaciente, é verdade, é tola. Mas sabe que não precisa saber de tudo, sabe que cada um tem sua vida e que por mais que ame alguém, esse mesmo alguém não pertence a ela de forma literal. Agora ela espera mas com o coração mais leve. Sabe? Espera por um telefonema, uma conversa pequena na rede social que usam... Ela sempre está esperando, e encontra, por mais que diga o contrário.
É uma garota muito feliz, já me disse, mas infelizmente precisa se descobrir ainda, precisa ver o mundo de forma mais alegre, menos cinza. E olhe só, abre até um sorriso às vezes. Sente-se feliz com companhias confortáveis,  sobe a janelinha do chat toda hora na certeza de que em uma dessas horas ele estará ali de novo.
Está imensuravelmente feliz com a vida que leva hoje, ama seu namorado o suficiente para sentir-se bem com o mundo todo, está bem resolvida com si mesma, mas ainda falta-lhe a vontade de sair de dentro do quarto, de parar de escrever e ir viver a vida que tem onde o sol nasce, a vida onde o vento bate em seus cabelos e diz calorosamente: “BOM DIA”!!
Posso dizer, com certeza, essa garota ama a vida, ela não sabe aproveitar muito, mas prometeu que vai tentar, que vai mudar e que não está chorando agora. Eu acredito, eu confio nela e tenho certeza que mesmo que ele demore mais um dia, que eles não se vejam todos os dias, que dê um aperto no coração quando as horas ficarem vazias, eu acredito que tudo está bem, que ele a ama e que ela o ama. Isso basta pro mundo dos dois.
E além disso, sofrer todo mundo sofre, perder amigos, todo mundo perde. É difícil demais, nossa, é incalculável o tamanho da saudade que se sente quando se sabe que nunca mais verá aquela pessoa, mas fazer o que? Continuar vivendo, conhecendo pessoas maravilhosas e cavando um futuro lindo ao lado de quem se ama. Chega desse negócio de ficar mostrando pra todo mundo que não precisa provar nada pra ninguém, se realmente não precisa, faz calado então.  Se você está mal, você está mal, precisa de pessoas que estejam bem pra cuidar de você,  logo, não compartilhe infelicidade, não faça como ela que sente pena de se mesma. Mude, mostre que pode ficar bem, que tem força e que consegue abraçar o mundo se quiser. Chegar de fazer com que as pessoas se sintam mal, chega de passar mal e ficar espalhando tristeza pra quem não tem nada a ver com isso.
Sejamos todos felizes, mesmo quando estivermos tristes.

Lembrem-se: Não estamos sozinhos, sempre temos um alguém (ou até vários) que nos suportam em todos os momentos, agradeça isso. Recompense as pessoas que fazem com que a vida compense!!!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

...

Não gosto de competir com quem eu sei que é melhor do que eu. Não gosto de sentir que posso ser substituída há qualquer hora.
Não, eu não sou chata, sou insuportável e as vezes sinto falta de estar sozinha no meu canto, sem incomodar ninguém.
Quero aproveitar esse momentos livres pra me afastar, queria poder fugir e deixar todos em paz. Eu me sinto um lixo não reciclável agora.
Palavras imundas não me levarão à lugar nenhum, mas pelo menos agora eu sei que por mais que seja diagnosticado, essa "depressão" está dentro de mim, no fato de não aguentar mais ser quem eu sou, talvez, no fato de saber que brincadeiras não levarão ninguém pra lugar nenhum e mentir, mentir todos os dias dizendo que estou bem, de sentir falta das mesmas coisas todos os dias, meu gato, minha cadela, meu melhor amigo, minha melhor amiga, meu pai, meu avô! Até os que estão vivos estão me fazendo falta, e esse é mais um texto daqueles que escrevo desviando as lágrimas pra enxergar.
Eu nunca quis dizer isso, mas eu preciso de ajuda!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Eu não queria ser assim.

Eu tenho medo sim, não sei explicar. Tenho medo de não ser especial o bastante ou de incomodar sendo insistente demais, tenho medo de dizer o que estou sentindo e medo de omitir o que passa em minha cabeça. Tenho medo do abandono, confesso. Medo de estar sozinha, por mais que as pessoas tentem me ajudar.
Será que um dia eu conseguirei viver em paz? Será que eu conseguirei pensar racionalmente e começar a lidar com a saudade? Por que um dia parece uma eternidade? Por que sempre tenho que estar pensando em um futuro próximo e já tentando resolve-lo sendo que não sei a metade do que acontece comigo agora?
Estou vivendo um ótimo momento, talvez o melhor de toda a minha vida, mas ainda me pego chorando pelos cantos e tentando descobrir algo que faça com que as pessoas não desistam de mim.
Não gosto de pensar que algum dias alguma coisa pode acabar, quero que tudo seja pra sempre. Estou errada quanto a isso? Não sei viver, tenho que dizer. Estejam certos de que minha ansiedade acaba mais um pouco comigo todos os dias. Não tem noção do quanto isso é ruim. Não queria sentir saudade. Saudade me machuca demais, e talvez, uma hora a menos, um dia sem rotina é o suficiente pra me deixar pensando em tudo que pode acontecer no resto da semana. Isso é ruim, é ruim de sentir. Por mais que eu confie nas pessoas, não consigo confiar em minha capacidade de cativa-las. Queria ser uma pessoa mais legal, merecer mais aqueles que tanto amo.
Pois então, imploro, não esqueçam de mim! Eu não sou capaz de esquecer ninguém!


Giulia de Lima Costa
16/07/2013
21:10h

domingo, 14 de julho de 2013

Sabe quando você percebe que as coisas não são tão importantes quanto você imagina??

O que no começo parecia nada, agora me machuca de dentro pra fora de uma forma pesada.
Dói saber que você não é mais tão importante, que faz mais do que recebe, que chora escondido todos os dias porque ninguém pode saber de suas fraquezas.
Como reagir coisas aqueles que mais te conhecem, os que você mais ama e confia te machucam todos os dias um pouquinho mais? Não tem o que fazer quando se perde a importância para alguém. Não quero ficar sozinha no escuro de novo, se fosse pra ser assim, pra que me mostrou a luz? Pra que disse e me fez conhecer coisas tão bonitas para depois me devolver inteiramente para meus medos me deixando só com as lembranças?
Poxa, lembrar dói! Eu não quero me ferir de novo, quero voltar pro meu cantinho antes que isso aconteça mais uma vez!
Não tenho onde nem em quem me refugiar, sinto que preciso de proteção, mas não posso pedir isso para ninguém, não tenho esse direito. E agora, o que eu faço senão repetir todos os erros do passado? Sentir pela primeira vez tudo que já senti antes, sofrer em silêncio, cantando belas canções... E chorar, chorar como todos os outros dias...
"Quando não tava legal, te procurava pra ficar bem. Mas se eu não tô legal por sua causa, procuro quem?"



Giulia de Lima Costa
14/07/2013
16:15h

sábado, 6 de julho de 2013

Eu


As vezes temos objetivos na vida que são apenas futilidades para qualquer outra pessoa. Chegamos até a mentirmos pra nós mesmos para vermos se começamos a acreditar no que queremos que seja a realidade.
Não preciso, nem quero vir aqui e mostrar nada pra ninguém, só por simplesmente ter o reconhecimento de todos, as pessoas que me conhecem sabem que eu não sou assim.
Só quero compartilhar a felicidade de conseguir superar os meus próprios limites, dizer que não foi nada fácil e que ainda não é. Deixo a aparência subir à minha cabeça tem horas e acabo perdendo a razão e a essência de tudo. Tenho passado mal, notado que vou denegrindo aos poucos, me sentindo fraca e implorando pra mim mesma que não deixe tudo voltar ao que era antes.
Conquistei um objetivo muito grande, consegui fazer aquilo que talvez, mesmo inconscientemente eu sempre quis. E isso me conforta demais. Agora só preciso de ajuda pra continuar com os pés no chão e não morrer tentado algo que já tenha conseguido. Tenho plena consciência de tudo que faço e das consequências desses atos, mas é muito, muito difícil lutar contra si mesmo de forma biológica.
Bom, não digo à ninguém pra me seguir como exemplo! Emagreci 27kg em 6 meses, sim isso foi uma conquista controlada, mas com minha ganância perdi também vitaminas, nutrientes, e ganhei um princípio de anorexia que acaba comigo um pouco mais todos os dias.
Posso aconselhar: Se quiserem alguma coisa, corram atrás, mas com os pés no chão e sempre ouvindo as pessoas que estão a sua volta, porque por mais que não perceba, eles amam você e te controlarão quando não souber mais o que fazer.
Tome cuidado consigo mesmo, senão acabará decepcionando as pessoas como eu faço, acabará recebendo elogios que sabe que não merece e depois lamentará coisas que todos já sabem que acontecem.
Só tenho a agradecer às pessoas que me dão força todos os dias, do contrário não estaria aqui escrevendo esse texto.














segunda-feira, 1 de julho de 2013

Quero um peixe!

Sempre associei peixes a vida, talvez porque são minha forma predileta de vida. Se fosse um peixe, com certeza seria daqueles que moram sozinhos no aquário e tenho certeza, guardam em si um milhão de dores e frustrações.
Eu sou um peixe, sozinho e solitário, que sorri e as vezes até dá gargalhada das coisas mais inúteis da vida. Sorri com tamanha facilidade que é tão triste.
Imagine-se: Um ser racional, um peixe racional que vive sozinho num mundo cinza e coberto de merda. Eu sou esse peixe. Que bota amarguras e sentimentos usados num pedaço de papel que só tem a mesma finalidade minha: Sofrer amarguras e sentimentos usados. Você se declara e o outro peixe agradece, desculpa, isso não parece certo. Agora contarei porque sou assim, um peixe tão solitário e guardador de coisas pretas. Mandei que todos corressem atrás de sua felicidade, para alguns até dei ajuda no caminho, todos seguiram, até o último peixinho que morava comigo na imensidão do mar. E eu, eu fui capturado por uma rede enorme que me puxou para um mundo que fede e cobra de mim o que não posso dar. Esse mundo se chama aquário. Agora vivo só comigo, sou meu o dia inteiro e tenho horas que parecem infinitas só para o meu pensamento. Mas não tenho em quem pensar, não tenho sequer uma história com outro peixe, por isso passo a vida aqui, com papel e lápis na mão, inventando maneiras de me tornar um peixe melhor, e tentando por horas, sair daqui. Bom, se um dia eu achar alguém que veio da felicidade eu pergunto o caminho, pois não me recordo mais, lembro-me que vi um coração da última vez que ajudei um outro peixe qualquer a passar pela barreira "Tristeza", mas agora... Agora não me lembro mais como chegar no coração.


Palavras fétidas de uma garota com ciume do mundo.

P.S.: Nem sempre o que escrevo é o que realmente sinto. Sim, eu sei enganar muito bem. Só se passa pela minha cabeça como seria a vida de um peixe beta que vive sozinho consigo mesmo e o porquê do mesmo ser assim, de uma forma literária e nada biológica.
Por exemplo, hoje foi um dia incrível pra mim, estou realmente feliz. Mesmo assim escrevi esse bolo de nada.


Giulia de Lima Costa
01/07/13
23:53
Nota de edição: 00:04

Coisas que não superamos

As vezes sinto um aperto no coração, uma vontade de te ter aqui de novo, meu amor. Já perdi a conta dos textos que escrevi pra você, pedindo em vão para que voltasse pro meu colo, como penso todas as noites... Tudo seria tão diferente e mais bonito se você estivesse aqui, amor lindo. Hoje vi o pano que veio com você quando te adotei, lembro-me bem: Um dia chuvoso, mas ao mesmo tempo lindo, atravessei, junto ao meu avô toda a cidade para te ter em meus braças. E agora estou aqui, chorando de novo, sentindo imensamente sua falta, sentindo falta de saber que você está dormindo em alguma cama da casa, que a qualquer momento você vai aparecer aqui na porta do meu quarto se lambendo e passará entre minhas pernas, murmurando:" mamãe, acordei, deixa esse computador de lado e vem brincar comigo!!! Eu te amo, mamãe!!" Sabe, eu só queria a certeza de que você está bem, mas sei que isso é quase impossível. Você saiu daqui machucado, meu gatinho. Como eu pude deixar. Nunca me perdoarei por não ter tomado uma atitude. Deveria ter ficado mais ao seu lado, amor. Agora eu só lamento, lamento todos os dias morrendo por dentro, sentindo tanta saudade dos momentos que passamos juntos.. Você estava se tornando cada dia mais lindo, cresceu tanto desde quando te adotei... Volta pra mim, minha vida é trite sem você, não importa o quão feliz eu esteja, sempre haverá um vazio dentro de mim, sempre saberei que poderia ter feito mais e que se o fizesse talvez ainda estaria aqui. Me perdoa meu amor lindo. Eu te amo demais, nunca te esquecerei!!! Não tem amor maior no mundo...

domingo, 30 de junho de 2013

Sensações.[I see my future when I look in your eyes]

Eu tenho medo de ser repetitiva demais, de não conseguir me superar quando necessário e de cobrar demais aquilo que deveria fazer. Sinto coisas muito intensamente, não mudo de opinião com facilidade.E agora, expor-ei meus medos e sensações/sentimentos. Fico com coisas planejadas na cabeça e me desaponto quando as mesmas acontecem de um jeito diferente, isso atrapalha muito a vida de uma pessoa, acreditem... Sempre tento fazer as coisas de um jeito perfeito para não desapontar ninguém e acabo forçando momentos que poderiam ser mais proveitosos. Me preocupo com coisa atoa, também. Encho a cabeça de um monte de merda e não penso no que realmente faria alguma diferença. Eu penso no futuro, penso em minha vida encaixada perfeitamente com a vida de outra pessoa e me contento extremamente com isso. Sinto-me confortável e segura ao pensar que tenho alguém aqui comigo, do meu lado todos os dias, que me protege do mundo todo com apenas dois braços e um coração quente. Já planejei mil vezes o que acontecerá daqui anos, e todo dia isso muda um pouco, incrível, né(?). Eu transformo meu agora num amanhã e vise-versa. Quero ressaltar que tenho aprendido muitas coisas importantes de uns meses pra cá, uma das coisas mais marcantes foi o que veio em minha cabeça hoje, quando disse ao meu namorado que amar não é vê-lo todos os dias e sim saber que ele está comigo todos os dias, e realmente, não tinha me dado conta disso até hoje, quer dizer, minha vida é tão cheia de coisas boas que as vezes um ou outro momento passam despercebidos e de repente caem em mim.. Direi uma coisa de extrema importância: O amor não se mede, ou você o sente ou não; Querer passar a vida inteira ao lado de uma pessoa deve ser amor, deitar na cama e pensar em tudo que vocês passarão juntos, sim, no futuro, é amor. O negócio é que com isso tudo, também temos os medos, inseguranças e acima de tudo a preocupação. Explicarei mais ou menos por tópicos; O medo, por exemplo: Tudo e qualquer coisa pode acontecer há qualquer momento, quer dizer, não sabemos até quando estaremos vivos ou quando morreremos. Mas cada momento que passamos juntos, cada palavra, música e toque me fazem pensar que isso não importa, que tempo não importa, nós ficamos juntos, nos sentimos e isso vale em qualquer plano de vida, em qualquer encarnação e até em coisas que realmente existem. Não quero que nada de ruim aconteça, penso muito nisso e as vezes me desespero tentando colocar tudo o que escrevi aqui em meus pensamentos e assim me conforto de novo, lentamente. As inseguranças: No meu caso, consigo explicar exatamente o que sinto, um tipo de sentimento que "buzina" em minha cabeça dizendo e repetindo que eu posso não o fazer feliz do jeito que ele merece, talvez. Que eu não sou tão capaz assim de permanecer com uma pessoa a deixando bem por muito tempo, afinal, sou praticamente insuportável. Mas com isso, penso em outra questão e aqui se encaixa a confiança e transparência, se eu estiver fazendo algo errado ou algo que incomode, sei que serei avisada, uma vez que procurarei, sim, eu procurei mudar e arranjar um jeito de tudo se encaixar novamente. Não digo que mudaria por alguém, não, não mudaria. Sou o que sou e goste quem quiser, mas alguns atos, algumas pequenas manias podem ser acumuladas e acabar com tudo aquilo que se construiu e conquistou, assim, podemos mudar. Acrescentar ou tirar algo até entrar em equilíbrio. E por último, e talvez o que mais acontece comigo, é a tal da preocupação: Não consigo simplesmente deixar algumas coisas passarem, eu tento, por mais, fazer com que tudo dê certo e penso positivo, ou negativo também quando quero que algo me surpreenda (isso é mais usado quando já se sabe a resposta mas faz-se a pergunta mesmo assim). Olha, eu me preocupo demais, irrito as pessoas com isso, mas como já disse um bilhão de vezes, de meses pra cá venho aprendendo que nem tudo tem que acontecer quando queremos, e sim só acontecer mesmo, talvez quando precisamos, não estou dizendo aqui que as coisas acontecem quando têm que acontecer, porque nunca acreditarei nisso, afinal a gente colhe o que planta, mas é que as vezes tenho a mania de me segurar em relógios, em fazer tudo na hora certa e esperar o resultando com o ponteiro marcando em cima. Contudo, aprendi hoje que as coisas também dão certo quando se relaxa e se ama o que está fazendo. Um grande e ótimo exemplo que posso citar é a minha questão com a música, nunca tinha pensado pelo lado que colocarei aqui, mas hoje, percebi que isso pode sim ser uma verdade. Amo cantar, sempre amei, já tive bandas diferentes, conheci lugares e pessoas de cidades regionais que guardarei enquanto lembrar. Mas sempre digo que não sei cantar, que sou horrível e coisas do tipo. Certo, eu realmente acho que não faria nenhum sucesso seguindo esse tipo de carreira, e sinceramente, mesmo que fizesse, não é o que quero pra mim, mas porra, será que eu não sei cantar? Aprendi hoje que sei. Porque quando peguei o microfone, vi que só tinha ao meu redor amigos, sem contar meu namorado, que puta que pariu, é a pessoa mais importante que tenho em minha vida hoje. Mas enfim, Aquilo ali não é minha profissão, mas ao mesmo tempo não é só uma brincadeirinha de adolescentes desocupados, o que quero dizer é: eu senti o que estava fazendo, eu cantei porque gosto e não porque me pediram. Até a mudança de estúdio de ensaio me ajudou, quer dizer, num lugar onde temos mais espaço é mais fácil mostrar quem realmente somos, não sei o porquê, mas sempre tive essa concepção. Tenho minhas manias, tenho minhas encheções de saco, mas tenho meu lado que sabe conviver, as vezes (risos). Estão acontecendo momentos muito perfeitos em minha vida, mudanças, pensamentos, conclusões, aprendizados e enfim, parece que se pode sim alcançar a felicidade sem ter que passar a vida longe das pessoas, em uma montanha distante e solitária. Quando escrevo assim, sinto um medo, ou um pensamento escondido que ecoa falando que talvez, daqui anos, possa vir a chorar relendo essas palavras, mas ao mesmo tempo concluo que não. Não chorarei. Talvez sinta saudade, talvez esse sonho acabe, como disse anteriormente, não tem como sabermos quando estaremos vivos ou mortos, mas de uma coisa tenho certeza, tudo que eu vivi foi verdadeiro, todo o amor que nasceu dentro de mim, nunca morrerá porque eu não faço nada pra agradar e muito menos forço situações. Então, como se arrepender do amor? Não há como. Eu aproveito esse espaço pra agradecer tudo que está acontecendo e egocentricamente a mim mesma, que estou deixando isso tudo acontecer da forma mais certa que consigo imaginar. De um jeito que me faz deitar na cama todas as noites e pensar o quão feliz e satisfeita estou com as coisas que estão e acontecem todos os dias. Sou uma pessoa de muitas manias, muitas perturbações e isso incomoda não só a mim, mas a maioria das pessoas com as quais convivo também. Tento me livrar as vezes, me privar ou achar outras formas de reagir a certas situações para não repetir erros passados que me assombram até hoje. Sim, tenho medo de coisas que já aconteceram acontecerem novamente, medo de ser deixada de lado e substituída por outra coisa ou pessoa, mas agora, na atual conjuntura dos fatos, eu seria completa e infinitamente idiota se continuasse a pensar assim, uma vez que acredito muito no amor que sinto e no que sente por mim. Gosto de escrever deixando enigmas nas personagens, as vezes, só a pessoa que cito misteriosamente consegue perceber sua participação, mas mesmo assim, dá uma margem pra outras pessoas, quem sabe, se sentirem nesse direito. Enfim, todas as palavras são dirigidas para uma só pessoa mas isso não impede de que outras sintam o mesmo... Entrando nesse assunto, ressaltarei sobre o que mais me incomodou e incomoda na vida, o ciúme. Sempre paro pra pensar que porcaria é o ciúme, ele me faz esquecer de momentos eternos por alguns segundos nos quais veem em minha cabeça as formas mais diversas de conversas desconhecidas por mim, de olhares inexistentes, isso me cega tanto, me irrita tanto que guardo só pra mim e vou me ferindo e ferindo até que o orgulho me faz perder quem eu amo. Não estou falando só de relacionamentos como namoro e coisas do tipo não, meu ciúme vai muito além disso. Sinto ciúme de situações que poderiam acontecer comigo, dos conhecimentos de outras pessoas que poderiam ser meus. Não, isso não é inveja porque ao mesmo tempo que os quero, não é pra simplesmente tê-los e ponto, é pra usar com pessoas que gostam dos mesmos e assim fazer com que essas pessoas gostem só de mim e não precisem de mais ninguém. Acho que isso é doença. Senão é, deveria ser, porque me deixa doente. Um dia ainda escreverei sobre tudo o que já me aconteceu demais importante, tudo que eu mais gostei de fazer, de sentir, de ter ideia, de tudo que me aconteceu, mesmo. Queria tanto que as pessoas sentissem o que sinto, queria aqui, agora, passar a felicidade com que coloco as palavras nesse texto que nem precisa fazer sentido, nem ter coerência, só precisa estar aqui em minha frente, me lembrando do que nunca esquecerei. Lembrando que eu tenho um amor maior que o mundo que não precisa ser minha alma gêmea, não precisa me agradar em tudo que faz muito menos concordar com cada passo meu, mas simplesmente precisa existir e saber que eu estou aqui o esperando sempre e tentando ao máximo me esforçar para ficar cada dia melhor, mais bonita aos seus olhos e amar mais, amar em cada dia que estamos deitados um do lado do outro, a cada texto que escrevo direcionando pra ele e o mesmo não lê, a cada palavra que eu guardo, a cada palavra que eu digo, a cada vergonha que tenho, a cada momento que vivemos e rimos e choramos e nos beijamos e simplesmente NOS AMAMOS. Poderia fazer o maior texto do mundo só dizendo o que eu aprendi, o que eu ensinei, o que quero pro resto da minha vida, escrevendo coisas bonitinhas para agradar os olhos de quem vê, mas pra quê tudo isso se eu posso usufruir do olhar de satisfação que vejo todos os dias nos lindos olhos dele. Que sinto em suas palavras, quando conversamos sobre o futuro, quando nos comparamos com outros casais que simplesmente estão juntos e não vivem juntos. Minha vida é bem mais intensa que um casamento, é bem mais real, eu diria. E cá pra nós, é o que eu quero sempre. Mesmo não sabendo o que me espera no futuro, eu sigo em frente, eu olho e penso em tudo que já disse, que já prometi e repito, eu sempre estarei aqui, independente do que o mundo guarda pra mim, independente do que as pessoas falam, acham e julgam. Eu estou aqui agora e o que importa é a vontade de estar sempre contigo. Não consigo simplesmente me privar de escrever o que sinto, por mais banal que seja, por mais que ninguém se importe, o essencial é invisível aos olhos, como já disseram e eu, eu não preciso dos olhos pra enxergar nada, só preciso das mãos pra sentir e do seu corpo no meu pra continuar existindo... São palavras que saem de mim sem permissão, que eu duvido muito, mas podem ser em vão. Mas agora já estão escritas e não me arrependo de uma vírgula, pois não há como se arrepender do amor...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

É que eu preciso dizer que eu te amo

As vezes preciso dizer alguma coisa, mas me calo. É que expor tudo o que sente pode pesar na outra pessoa, mas não porque ela não sente o mesmo e sim porque ela sentirá a responsabilidade de sentir. Acho que descobrir o amor não é uma coisa tão difícil assim, o complicado é achar alguém para qual possamos entregar o nosso amor. As pessoas julgam tipos de amores, como aqueles amores adolescente que não durarão muito, os amores fingidos, os bandidos, os lindos, os de verdade, os eternos, os curtos.. Mas sempre há amor!! Sinto que é amor quando quero passar o resto da minha vida ao lado daquela pessoa, quando as palavras não cabem em um papel pois estão direcionadas a ele, quando cada momento que passamos juntos é inesquecível e só faz querer mais e mais e mais... O que eu sinto é uma alegria de ter alguém por perto, alguém com quem contar, a quem abraçar e dizer todos os dias que eu amo, mesmo que em silêncio! O amor, está desde quando a bolinha do chat fica verde e dispara seu coração até a hora em que eu tenho que abrir o portão pra ele partir.. A gente sente que torna-se um dever fazer com que a pessoa se sinta bem, e morre um pouco a cada dia que ela sofre, se machuca e você não pode fazer nada.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Desabafo estúpido

Queria ser menos burra, saber aproveitar mais de certas situações ... Mas abro mão de mim mesma, do que tinha que fazer por qualquer um e não recebo nada em troca.
Espero horas em vão pra acontecerem coisas que nunca acontecerão. Sinto a angústia de mais um dia me engolir em meio as minhas lágrimas.
Tenho que aprender muito, será que só tem um jeito disso acontecer?? Comigo chorando escondido por falta de coragem e insatisfação comigo mesma??
Por que é tão difícil pra mim ficar completamente triste e chateada com alguém que não me faz tão bem assim?? Por que depois de algumas horas, algumas palavras eu não consigo mais sentir infelicidade, e tudo o que eu sentia antes.
Abro um sorriso com tanta facilidade que agora os choros estão ficando frequentes. Abro mão de qualquer coisa, todos os dias, pra quê ?? Pra entender que os outros têm responsabilidades e eu nunca serei prioridade??
Estou sentindo falta de mim... Falta da garra que tinha pra tudo. Agora tudo está remoendo de novo, coisas horríveis que aconteceram estão passando e repassando em minha cabeça e eu não consigo evitar.
Quero conversar, preciso ouvir que não é assim que funciona, que não tem como dar tudo de si pra não receber porra nenhuma de volta.
Me expli, pelo menos. Me fala alguma coisa, eu sempre o faço.
Fico calada pra não chatear as pessoas. Me mato por dentro pra tentar deixar os outros bem. Será que alguém pode ver o quão ferida estou, será que tenho um espaço aqui pra dizer o tanto de coisa que eu perdi ?? Será que posso te falar só um pouco da dor que sinto aqui na memória?? Quero ser melhor, preciso mais de mim. Alguém, me socorra.
Eu quero parar de chorar, quero parar de sentir culpa por coisas que eu não fiz, se nem mesmo as pessoas que fizeram algo sentem culpa, por que eu sinto ?? Eu não mereço um abraço silencioso no fim do dia?? Eu só quero um abraço silencioso no fim do meu dia. No fim dos meus dias...
As vezes nada é melhor que um bom dia!!
Ordinarices a parte, faça por mim o que eu faço por você, o mundo funcionaria muito melhor assim. O MEU MUNDO FUNCIONARIA MUITO MELHOR ASSIM!!!

domingo, 16 de junho de 2013

Quero fugir

Preciso sair de mim, sair daqui, dessas pessoas, desse lugar.
Quero tirar de mim tudo que me faz mal, que me irrita.
Preciso de um descanso, de um lugar pra sentar e uma bela vista pra admirar ...
Não quero muito, só uma estrada aberta, árvores em volta e cheiro de mato. Alguns animais e meu amor do lado.
A vista escurece e o sonho começa a brotar, tudo que eu queria era sair daqui, deixar esse mundo fútil, inútil e que não tem espaço pra mim. Tirar da cabeça as indecisões e andar nessa estrada sem fim.
Preencher livros com palavras que me confortam e fazem bem pra quem olhar.
Andar sobre mato, descobrir espécies, sorrir e ter alguém pra conversar.
Passar noites ao ar livre, ao lado dele e sem me preocupar com mosquitos ou qualquer inseto. Sem frescura, só suspiros, beijos, abraços, sorrisos e histórias pra contar
Uma vida perfeita, eu diria.
Fugindo desse mundo que me machuca e me faz chorar, com lembranças estúpidas e alguém pra amar.

sábado, 8 de junho de 2013

Eu queria poder parar de chorar... (Sometimes all I need is a hug)

Não sei se já se tornou um costume ou uma cisma, só sei que queria poder fazer em dobro o bem que as pessoas me fazem. Por que não consigo?? Por que não faço uma pessoa se sentir bem quando ela precisa?? Só consigo chorar, ter medo e não resolver nada.
As vezes não consigo parar de chorar. Choro por dentro, choro por fora, mas parece que nem as palavras me acomodam mais, sinto uma dor imensurável e isso me desmerece, faz com que eu nunca seja boa o suficiente para quem quero ser.
Será que é pedir demais poder cuidar de alguém?? Será que é amor, essa vontade que me mata??
É muito ruim quando se precisa de alguém e não a tem em suas mãos há todo momento, é muito egoísta da minha parte, mas eu queria poder enxergar tudo que as pessoas fazem...
Estou me desfalecendo em lágrimas em um sábado a tarde.
Estou sozinha dentro de um lugar que nem sequer me cabe, dentro de mim. Sinto-me tão capaz quanto um peixe ao tentar andar de bicicleta.
Queria ser uma pessoa melhor, talvez me sentisse melhor a sendo.
Queria saber esperar, saber medir os acontecimentos. Mas não sei, não sei esperar, quero agora, não sei medir, por isso choro.
Queria um momento de paz, mas não deixo.
Talvez não faça tanta diferença assim, talvez eu seja só mais uma mesmo, afinal, quem me garante que não??  Só sei que não basto nem pra quem basta pra mim
Estou tão fraca, que mal posso parar de chorar ...
Sei que ainda vou parar de chorar...


Textos ruins e melancólicos.
Giulia de Lima Costa
08/08/2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Saber perder

Todo mundo perde alguma coisa. Todos nós perdemos alguém, alguma hora. Nascemos sabendo disso, vivemos sabendo disso, e quando acontece, morremos por dentro.
Começo a escrever novamente, jamais seria capaz de dizer com a boca o que coloco aqui, sou fraca demais para o fazer.
Tenho um bom histórico de perdas nessa vida, de lágrimas, de culpas, de consolos, enfim... Jogarei aqui algumas coisas que estão me machucando.
Há 2 anos e 6 meses perdi meu melhor amigo, Rafael. Um cara sensacional que me encantou, me acolheu quando eu mais precisei e que eu não fui capaz de satisfazer-lhe da mesma forma. Rafa e eu fomos amigos intensamente durante 7 meses, fizemos coisas que jamais imaginaria fazer, fomos à lugares que nunca imaginei ir, ouvimos músicas ótimas, choramos lágrimas verdadeiras, sorrimos demais, fizemos tudo que podíamos fazer... Aproveitei cada momento. Rafael Júnior tirou sua própria vida no dia 22 de novembro de 2010. Nunca senti tamanha dor, nunca chorei tanto, até então não sabia o que era sofrer ...
Ano retrasado, perdi metade de uma vida, perdi amigos que nunca pensei perder, perdi momentos, memórias, risadas, piadas, músicas, desabafos, brincadeiras, segredos... Perdi tudo!
Há um pouco menos, alguns meses só, perdi outro amigo... Meu filhinho. Meu gato Joey. Um amigo incomparável e inseparável, que me ajudou a superar momentos difíceis, dormiu ao meu lado, sentiu minhas dores, me fez sorrir, me fez chorar, me amou de verdade... Nunca vou superar sua ausência, não entra em minha cabeça que o perdi, não me conformo, me culpo.
E agora, ontem.. Perdi uma superamiga, minha Hanna, minha filhinha. Minha cadela. Há quase um mês, ou um pouco mais, sofrera com a Cinomose, doença que não tem cura pro animal, mas tem um tratamento. Semana passada mesmo, a veterinária veio até aqui e me deu ótimas esperanças... Pulei de alegria. Ontem, ocorreu a tragédia. Outra perda pra mim, outro sofrimento e mais um tempo pra poder me conformar.
Hanna estava sofrendo, não comia mais sozinha, não bebia, estava usando fraldas e não se locomovia. Antes de ontem perdeu a função renal, ontem à tarde, perdeu a vida.
Estou conformada, ela realmente estava sofrendo demais e isso me machucava, mas a ausência, essa nunca será superada, nunca será sequer esquecida, ficará guardada aqui, junto com as outras perdas, com as outras lágrimas, os outros pensamentos...
Tenho medo de me aproximar, estou com medo de confiar de novo, de amar de novo, de me apegar mais uma vez... É difícil demais perder as coisas, as pessoas, os animais. Uma dor que não desejo pra ninguém, ninguém mesmo.
Conto com amigos, aos quais agradeço cada palavra, cada abraço, cada tudo que fizeram e fazem por mim. Se não tivéssemos pessoas assim, não conseguiríamos perder algumas.
Nem tudo é pensamento negativo. Perder quem amamos dói, dói imensamente, mas temos que dar valor àqueles que estão conosco nesses momentos. Um dias todos nós morreremos, o importante é preservar as amizades, fazer novas amizades, prende-las em nós e agradar as pessoas, pois assim nunca estaremos sozinhos. Eu perdi, mas ganhei demais.
Dedico isso aos meus amigos. Os que ganhei, os que aprecio, amo e sempre, sempre estarei aqui pra ajudar!!
Obrigada por estarem comigo Carla, Joubert, Thaiane, João, Késia, Tia Dadá e Pedro Paulo
Eu realmente amo vocês.


Giulia de Lima Costa
17/05/2013
15:26



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Bastam-me sorrisos

Sabe as pessoas?? Sim, esses indivíduos tão horrendos dos quais eu me referia só com palavrões. Então, hoje eu as amo.
Não estou falando de pessoas específicas mas sim de pessoas, só pessoas... Como é bom saber que apenas um alguém te basta. Que em qualquer lugar que vá, que esteja, mesmo de longe, aquela pessoa te fará bem. Da mesma maneira que é bom demais saber que fazemos bem para alguém.
Houveram problemas (amores) passados que não saiam da minha cabeça, amores eternos e inacabáveis que saltitavam em minha lembrança todas as noites. Agora eu tenho um amor assim, de carne e osso e não de pensamentos e fantasias. Palavras profundas não jogadas ao vento. Fui verdadeira em cada coisa que disse, o texto que dediquei ao antigo "ele" ainda é o mais bonito que já escrevi.
Um pensamento tolo, vindo de mim, completamente tola e desmanchável (sic) a qualquer sorriso.
Agora tenho em mim uma força que só me motiva, tenho motivos pra chorar, tenho hora para vê-lo, tenho amigos pra sair e tenho uma felicidade imensa à minha disposição.
Saberei usar toda essa felicidade.. Já usufruí muito da mesma, passei momentos que são inesquecíveis e o melhor, não estava sozinha.
Uso dessas palavras abstratas para demonstrar os momentos mais concretos e reais que já compartilhei com alguém...
Posso ser trouxa, posso "amar" demais sem querer nada em troca, posso não, o faço.
Uma vida triste, apertada banhada na mais doce e plena felicidade.
Sinto aquele aperto no peito que as vezes dói e machuca, mas na maioria das vezes me faz suspirar por motivos ainda indescritíveis. Faz de mim seu tudo. Perco minhas manias, coloco em prática tudo o que absorvi de alguma inteligência até hoje só pra chegar ao seu patamar, pra chamar sua atenção de um jeito gostoso.
Não me arrependo de nada que fiz, me arrependerei, talvez que não farei., mas isso não posso dizer agora.
Sinto um ciúme controlável por ser só meu. Guardo pra mim, compartilho quando é "fofo".
Cada texto tem uma inspiração, cada momento é único, cada palavra é bem colocada quando faz sentido de é verdadeiro naquele momento.
O negócio é nunca se arrepender. Vivamos um dia de cada vez, não é isso que sempre nos aconselham ?? O façamos, pois bem.
Quando vivo o hoje é porque todo o ontem está guardado e o amanhã monta-se quando pressuponho sua presença....
Não preciso de muito. Preciso dos meus amigos, preciso de algumas outras pessoas, realmente sinto necessidade de te-los, mas agora, hoje, ontem e uns meses atrás, o que vem me bastando é um único sorriso. O que vem me alegrando é uma única chegada na esquina. E o que vem me alegrando é o conjunto de vida que estou vivendo.
Melhorei, tanto.
O que me resta, o que eu quero, o que eu sinto, o que eu posso, o que eu peço, o que gosto, o que me basta: São só sorrisos!!!


Giulia de Lima Costa
13/05/13
18:13

domingo, 12 de maio de 2013

Mãaaaaaaaaaae!


Hoje é seu dia, minha princesa.
Fica até difícil designar palavras para tamanha imensidão de amor e cuidado.
Mãe, você não é simplesmente uma pessoa como as outras milhares, você é única e especial e faz co
m que me lembre disso todas os dias.
Nós brigamos, xingamos, discutimos mas tudo se compensa quando estamos vendo um filme e rindo/chorando juntas, quando estamos brincando, ouvindo nossas músicas, falando mal de alguém...
Não poderia deixar de ressaltar seu trabalho maravilhoso com a nossa Hanna... Mãe, se não fosse por você, ela não estaria aqui até hoje, você cuida dela pra cuidar de mim, você sabe o quanto eu sofro e o quanto sou fraca por não conseguir fazer quase nada do que eu almejo.
Nunca deixarei de proteger você desse mundo horrendo, estarei sempre do seu lado, você sabe disso!
Não aproveitarei esse texto pra escrever hipocrisias e dizer que tudo é perfeito e bla bla bla. Nós continuamos errando, continuamos nos enganando e é o reconhecimento desses erros que nos faz o que somos.
Como estávamos conversando ontem, eu não voltaria no tempo não, e se fosse obrigada acho que não mudaria muita coisa.. Agora se você o fizesse só peço desculpas se eu seria uma das coisas que você ia mudar!! Lhe peço desculpas por todos os meus decorrentes erros e possíveis decepções, só quero que saiba que eu te amo demais e não quero mais ser um peso para vocês.
Eu admiro demais o jeito que me "criaram", a liberdade que me dão e o fato de não me discriminarem ... Desde pequena aprendi a correr atrás do que eu quero e nunca, nunca mesmo deixar com que meus sonhos morram. Eu agradeço por não me prender num mundo tradicional e não feliz, agradeço por não ter me queimado quando comecei a ouvir músicas completamente diferentes das que as pessoas de costume ouviam, por não me jogar pra fora de casa quando eu comecei a ler mais e tentar entender certos paradoxos do mundo, tornando-me, assim, ateia, por não me apedrejar em praça pública pelas roupas que eu uso, por escutar as músicas e curtir tudo comigo (sabe mais coisas das minhas bandas favoritas que eu, bitch. kkkk). Enfim, a liberdade que temos é o que nos aproxima mais. Não tem coisa melhor que xingar e ser xingada por você, que levar uns tapas e uns "toalhões" (que doem pra caralho, e sim, mãe, eu nunca vou esquecer aquela toalhada kkkkk). Eu adoro ser sua amiga, poder conversar com você sobre tudo e ainda assim respeitar e ser respeitada no limite "mãe e filha".
Olha, você não precisa ser perfeita, eu não preciso ficar enchendo linguiça aqui e dizer o quanto você é boa e que é a melhor mãe do mundo. As pessoas são egoístas, sabe, e você mãe, não precisa ser a melhor mãe do mundo, você é a melhor mãe do meu mundo. E isso basta u.u porque você é só minha e de mais ninguém (como é bom ser filha única MUAHAHAHAHA)!!!!!
Tento por hora me melhorar, melhorar tudo que falo e faço, mas parece que não é tão fácil assim. Um dia andarei com minhas próprias pernas e agradecerei cada erro que você cometeu comigo, pois foi assim que aprendi a ser humana.
Dia das mães não é um dia qualquer, é um dia hiper especial porque podemos declarar especificamente nosso amor por aqueles que cuidam, protegem e nos ensinam ...
Você é mais importante que qualquer coisa, você é minha e eu quero fazer jus a isso.
Nós aguentamos firme a barra mais pesada que tivemos(plágio) não é mesmo... Perdemos o nosso amiguinho há pouco, choramos juntas, esgoelamos de  chorar e até hoje o fazemos, mas é pra isso que servimos, para estarmos uma do lado da outra sempre que precisamos. Você é uma amiga que eu jamais deixarei de lado, que jamais abandonarei ou tirarei da minha vida. VOCÊ É MINHA MÃE!!
Sinto que você é humana cada vez que esses demônios dessas crianças jogam bombinha na rua e você corre para ver se o Hannão está bem, sinto quando você trata dela como se fosse um bebê, dando comida, água, trocando a fralda e fazendo tudo o que fazia comigo um tempo atrás ...
Eu só queria fazer com que esse dia fosse especial, queria poder melhorar as coisas de forma material e psicológica, talvez ...
Obrigada por tudo, mãe.
Obrigada por tudo e por cada coisa: Cada CD, cada camisa de banda, cada revista, cada elogio,pelo meu violão e minhas baquetas, claro, cada all star, cada "vai tomar no cú, garota", por cada palavra sincera, por cada música cantada junto comigo,cada roupa emprestada, cada livro compartilhado, cada tudo que eu faço quando estou com você e por esse motivo se torna melhor que qualquer outra coisa, por cada cabeludo que apreciamos na internet(Michael Graves diliça, por exemplo), cada filme assistido(tipo o de ontem que eu não aguentei assistir.. como assim, era o JOHNNY DEPP e eu não consegui ver! aaaaaarg). Você não precisa ser mais nada, você já é tudo.Você É A MINHA MAMÃEZINHA kkkkkkkkk'

Eu te amo e te amarei para todo o sempre.

Atenciosamente.
Um abraço,
De sua filha que tanto erra, mas continua sendo SUA
<3






Giulia de Lima Costa
12/05/13
12:58

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Escrever é tomar atitude !

A partir do momento que você julga uma pessoa como intolerante, você não está o sendo?
As pessoas são tão estranhas... Elas não sabem onde cabem suas palavras, apenas as dizem. Será que falar que o 'fulano' só fala e não age não te torna uma pessoa como ele ? Que 'agir' é esse que querem de mim? Espere! Palavras não são atitudes? E se eu pedir desculpas? Será o ato de sair da minha casa e chegar perto de uma pessoa para pedir as devidas desculpas que fará com que eu aja? Mas e se não existisse a palavra 'desculpa'? Eu pediria o que? Eu sairia da minha casa para chegar perto dessa mesma pessoa e simplesmente ficar a encarando? E assim estaria pedindo 'desculpas' ?
O fato é que eu realmente não sei aceitar muito bem (nada bem) pensamentos diferentes dos meus, eu gosto de argumentar quando isso acontece. Só que não tem como conversar com uma pessoa que já te julga intolerante (não tem como conversar com uma pessoa que te julgue qualquer coisa) porque o pensamento dessa pessoa não mudará tão cedo. Ela, por ter julgado a primeira vez, não saberá interpretar as suas palavras. E demorará muito, se acontecer dela mudar o jeito de pensar.
O real problema, é que no mundo, estão sobrando pessoas de mentira, pessoas essas que 'são' melhores que as outras porque pensam assim, mas que ainda erram a concordância dos pronomes oblíquos.
Não preciso de ninguém me elogiando para saber de certas coisas, tampouco sair por aí falando que alguém me disse que me acha 'linda'. Nós enxergamos tudo diferente, uns acham isso, outros, aquilo. Mas a questão é: Você não pede correção gramatical para um 'analfabeto'.
Analfabeto esse que faz com que as pessoas que estão a sua volta se sintam bem, que ajuda quem precisar de ajuda, mas não para conseguir um paraíso, e sim porque naquela hora era o certo a se fazer. Enquanto eu, estou aqui, em pleno 2º ano do ensino médio, desperdiçando palavras e não tendo uma 'atitude' que tantos cobram de mim.

Giulia de Lima Costa
28/01/13
12:04

Nota:
Primeiro, queria avisar que nem sempre a pontuação diz o que estamos querendo passar para quem está lendo. A entonação com a qual você lê não será igual a intonação que eu pensei para escrever. 
Depois de lido, umas quatro pessoas acharam que não passa de indireta. Na verdade, eu direi mais, não é uma indireta, é uma direta, mesmo. Para todas aquela pessoas que de uns tempos pra cá acham que eu sou eu não posso falar e pensar certas coisas porque não estão coerentes com uma certa realidade que criaram em suas cabeças. Bom, o que eu quis dizer, foi o que eu disse, em minha vida toda. Não tenho que mudar uma vírgula nesses dezesseis anos.

Meu muito obrigada a quem leu até aqui.

28/01/13
12:09