sábado, 23 de novembro de 2013

Outras perguntam: "por que não?"

"Até porque não acredito no que é dito, no que é visto...". Se tem uma coisa que me incomoda é a falta de confiança. Em seguida, a falta de satisfação. Criei um defeito vicioso horrível que agora só me faz sofrer na maioria das circunstâncias; não sei nem se posso chamar de ciúme.
Um desejo de possessão que sinto por alguns, incumbido de me encher de paranoias e maus pensamentos. Que merda!
 Tudo hoje parece distante daquilo que posso tocar, que posso cheirar ou até mesmo enxergar. As coisas só apertam e ficam mais difíceis enquanto os dias passam rapidamente lentos. Não sei o que pode estar acontecendo ou se realmente há algo acontecendo, mas os sentimentos parecem sempre os mesmos, sempre tentando me afogar, sejam eles bons ou ruins, os tomo em doses cavalares. Agora, me pergunto cegamente o porquê de tudo isso. O fazer-se necessário, o ter que autoafirmar-se, achei que nunca precisaria disso!
As vezes penso que poderia estampar um sorriso na cara todos os dias e só demonstrar para as pessoas aquilo que as deixa bem, mas é bem mais difícil do que parece. Já pensei e fiz muitas vezes esse tipo de coisa. Mas a sensação é de sempre estar escondendo alguma coisa das pessoas que deveriam saber, não é nada legal, mas diria que necessário.
Se pudesse me expressar toda vez que sinto raiva, dor, medo, ciúme.. Se tivesse a porra da coragem de dizer tudo aquilo que me incomoda imensamente, que me machuca e sempre cicatriza com o tempo, eu não precisaria escrever palavras estúpidas num lugar inapropriado para que pareçam indiretas àqueles que deveriam saber e decifrar cada palavra desse murmúrio. Se todos soubessem o que eu ao menos penso, se soubessem que eu sei das coisas, que eu me finjo de idiota e depois vejo as mesmas escapando das bocas, dos olhares e das eternas "caras-de-pau" que me rodeiam. O que será que aconteceu com todo mundo?? O que foi daqueles que sempre provaram seus amores, e afirmaram seus sentimentos??
Tenho medo de palavras bonitas. Sinto dúvida no que sentir.
Todos os dias, banhada em indecisões e dúvidas, em certezas e medos que me condenam a nunca confiar, a sequer acreditar naquilo e naqueles que estão estampados na minha cara, que não sabem dizer a verdade nem tampouco mentir. O que será que acontece? Quando?  Eu quero meu eu de volta, quero sentir o que estou sentindo e não mostrar o deveria estar. No lugar. "O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia". Não praqueles (sic) que falam, não praqueles que mentem. Eu diria, eu afirmo, sinto cheiro de gente que não presta, sei de onde vêm todas as minhas dúvidas... Eu sei que posso saber muito mais, mas prefiro deixar como está.
Prefiro, eu, ficar quieta no meu canto lamentando coisas bobas que ninguém jamais entenderá. E àqueles que participam da história: Que se fodam.




Giulia de Lima Costa
24/11/2013
00:35

Nenhum comentário:

Postar um comentário